sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

POESIA

DISCRETO BENFEITOR

Celeste Carneiro


Quando a solidão me visita e o frio enregela meu coração,você me faz companhia,me conta coisas que eu desconhecia,entretendo-me as horas.
Quando a dor bate à minha portae espezinha os meus sonhos de alegria sem-fim,você se faz presente e me acolhe em seus braços,consolando e esclarecendo,apontando um novo porvir.
Quando o tumulto e o desespero invadem minha alma,arrojando-me às sombras,você me espera, paciente, e, aos poucos,vai fazendo claridade em torno de mim,pacificando-me suavemente.
Quando a sede de saber parece-me insuportável,você me toma as mãos e me conduz a mundos distantes,deixando-me feliz na companhia dos gênios de toda a Humanidadee de todas as épocas e lugares.
Quando a dúvida martela minha mentee os obscuros enigmas do Ser e da Vida me intrigam,você me esclarece,colocando luz no meu raciocínio.
Quando os anseios de algo melhor não me são atendidos,você me envolve num halo de luze me eleva bem alto, a regiões celestes,onde convivo com anjos e santos,seguindo ao encontro do Mestre Jesus...
Sim, como não louvar você,meu amigo silencioso e paciente,benfeitor humilde e discretoque nos acostumamos a chamar de Livro simplesmente?!

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