Indubitavelmente, não basta apreciar os sentimentos sublimes que o Cristianismo inspira.
É indispensável revestirmo-nos deles.
O apóstolo não se refere a raciocínios.
Fala de profundidades.
O problema não é de pura cerebração.
É de intimidade do ser.
Alguém que possua roteiro certo do caminho a seguir, entre multidões que o desconhecem, é naturalmente eleito para administrar a orientação.
Detendo tão copiosa bagagem de conhecimentos, acerca da eternidade, o cristão legítimo é pessoa indicada a proteger os interesses espirituais de seus irmãos na jornada evolutiva; no entanto, é preciso encarecer o testemunho, que não se limita à fraseologia brilhante.
Imprescindível é que estejamos revestidos de "entranhas de misericórdia" para enfrentarmos, com êxito, os perigos crescentes do caminho.
O mal, para ceder terreno, compreende apenas a linguagem do verdadeiro bem; o orgulho, a fim de renunciar aos seus propósitos infelizes, não entende senão a humildade. Sem espírito fraternal, é impossível quebrar o escuro estilete do egoísmo. É necessário dilatar sempre as reservas de sentimento superior, de modo a avançarmos, vitoriosamente, na senda da ascensão.
Os espiritistas sinceros encontrarão luminoso estímulo nas palavras de Paulo. Alguns companheiros por certo observarão em nossa lembrança mero problema de fé religiosa, segundo o seu modo de entender; todavia, entre fazer psiquismo por alguns dias e solucionar questões para a vida eterna, há sempre considerável diferença.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Lição 89. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Rio de Janeiro, RJ: FEB.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
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